De uma mãe imperfeita

(Carta escrita em 01 de novembro de 2014)


Filhas,

Peço perdão. Não consigo ser uma mãe perfeita.
Tento ser a mais madura que consigo, mas às vezes preciso cometer meus próprios erros infantis para aprender que ainda existe muito caminho pela frente e sou uma criança no caminho da evolução.
Tento ser a mais sábia possível: nas minhas decisões, atitudes, nas minhas palavras. Mas filhas, eu ainda tô aprendendo e não muito raramente vocês são minhas professoras.
Tento ser super independente, mas às vezes tudo que preciso é de um colinho, de apoio e de guia.
Tento ser justa, mas nem sempre tenho maturidade e sabedoria pra isso.
Tento ser boa, mas ainda sou egoísta.
Tento ser disposta, mas o dia-a-dia de vez em quando me tira as energias, e como mãe imperfeita, admito, às vezes a preguiça bate forte.
Tento ser alegre, mas infelizmente, meus amores, às vezes a tristeza invade, o coração aperta e a mamãe também chora.
Tento ser disponível, mas no meio de tanta responsabilidade, tempo é coisa escassa.
Filhas, tento dar o melhor exemplo, mas tenho minha cota de maus hábitos, vícios e fraquezas, e travo minha luta diária contra eles.
Além de mãe, sou uma mulher. Alguém que muitas vezes é pura contradição e quase nunca faz sentido.
Obrigada por serem compreensivas e me amarem tanto e incondicionalmente.
Quando me enxergo através dos olhos de vocês, não me sinto tão imperfeita assim. E agradeço imensamente por isso também.
Saibam, meus amores, que mesmo nos meus piores dias, o amor de vocês que me sustenta e meu amor por vocês que me impulsiona.


Amo vocês,
Mamãe.



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